28 setembro 2014

Algumas definições utilizadas em prevenção de incêndios


Acidente
Evento específico não planejado e indesejável, ou uma seqüência de eventos que geram conseqüências indesejáveis.

Análise de riscos

Estudo quantitativo de riscos numa instalação industrial, baseado em técnicas de identificação de perigos, estimativa de freqüências e conseqüências, análise de vulnerabilidade e na estimativa do risco.


Análise de vulnerabilidade
Estudo realizado por intermédio de modelos matemáticos para a previsão dos impactos danosos às pessoas, instalações e ao meio ambiente, baseado em limites de tolerância estabelecidos através do parâmetro Probit para os efeitos de sobrepressão advinda de explosões, radiações térmicas decorrentes de incêndios e efeitos tóxicos advindos da exposição a uma alta concentração de substâncias químicas por um curto período de tempo.

Auditoria
Atividade pela qual se pode verificar, periodicamente, a conformidade dos procedimentos de operação, manutenção, segurança e treinamento, a fim de se identificar perigos, condições ou procedimentos inseguros, para verificar se a instalação atende aos códigos e práticas normais de operação e segurança; realizada normalmente através da utilização de checklists, podendo ser feita de forma programada ou não.

Avaliação de riscos
Processo pelo qual os resultados da análise de riscos são utilizados para a tomada de decisão, através de critérios comparativos de riscos, para definição da estratégia de gerenciamento dos riscos e aprovação do licenciamento ambiental de um empreendimento.

Back Draft
É uma explosão ambiental. Ocorre em umambiente com alta concentração de fumaça e baixade oxigênio, ocorrendo uma explosão quando érealizada sua abertura.

Bleve
Do original inglês Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion. Fenômeno decorrente da explosão catastrófica de um reservatório, quando um líquido nele contido atinge uma temperatura bem acima da sua temperatura de ebulição à pressão atmosférica com projeção de fragmentos e de expansão adiabática.

Boil Ober
Derramamento de líquido inflamável do tanque emque está contido, devido ao fervilhamento provocadopor um incêndio.

Bola de fogo (fireball)
Fenômeno que se verifica quando o volume de vapor inflamável, inicialmente comprimido num recipiente, escapa repentinamente para a atmosfera e, devido à despressurização, forma um volume esférico de gás, cuja superfície externa queima, enquanto a massa inteira eleva-se por efeito da redução da densidade provocada pelo superaquecimento.

Curva F-N
Curva referente ao risco social determinada pela plotagem das freqüências acumuladas de acidentes com as respectivas conseqüências expressas em número de fatalidades.

Curva de iso-risco
Curva referente ao risco individual determinada pela intersecção de pontos com os mesmos valores de risco de uma mesma instalação industrial. Também conhecida como “contorno de risco”.

Dano
Efeito adverso à integridade física de um organismo.

Diagrama de instrumentação e tubulações (P & ID)
Representação esquemática de todas as tubulações, vasos, válvulas, filtros, bombas, compressores, etc., do processo. Os P & ID mostram todas as linhas de processo, linhas de utilidades e suas dimensões, além de indicar também o tamanho e especificação das tubulações e válvulas, incluindo toda a instrumentação da instalação.

Empreendimento
Conjunto de ações, procedimentos, técnicas e benfeitorias que permitem a construção de uma instalação.

Equilíbrio Térmico
Em um incêndio as massas se dividem com a partemais quente acima. Com o combate, ocorre umarápida expansão do vapor d'água, deixando todo oambiente quente.

Erro humano
Ações indesejáveis ou omissões decorrentes de problemas de seqüenciamento, tempo (timing), conhecimento, interfaces e/ou procedimentos, que resultam em desvios de parâmetros estabelecidos ou normais e que colocam pessoas, equipamentos e sistemas em risco.

Estabilidade atmosférica
Medida do grau de turbulência da atmosfera, normalmente definida em termos de gradiente vertical de temperatura. A atmosfera é classificada, segundo Pasquill, em seis categorias de estabilidade, de A a F, sendo A a mais instável, F a mais estável e D a neutra. A classificação é realizada a partir da velocidade do vento, radiação solar e percentagem de cobertura de nuvem; a condição neutra corresponde a um gradiente vertical de temperatura da ordem de 1º C para cada 100 m de altitude.

Estimativa de conseqüências
Estimativa do comportamento de uma substância química quando de sua liberação acidental no meio ambiente.

Estudo de impacto ambiental (EIA)
Processo de realização de estudos preditivos sobre um empreendimento, analisando e avaliando os resultados. O EIA é composto de duas partes: uma fase de previsão, em que se procura prever os efeitos de impactos esperados antes que ocorra o empreendimento e outra em que se procura medir, interpretar e minimizar os efeitos ambientais durante a construção e após a finalização do empreendimento. O EIA conduz a uma estimativa do impacto ambiental.

Explosão
Processo onde ocorre uma rápida e violenta liberação de energia, associado a uma expansão de gases acarretando o aumento da pressão acima da pressão atmosférica.

FLASH OVER
Momento em que praticamente todos os objetosatingem seu ponto de ignição.

Fluxograma de processo
Representação esquemática do fluxo seguido no manuseio ou na transformação de matérias-primas em produtos intermediários e acabados. É constituída de equipamentos de caldeiraria (tanques, torres, vasos, reatores, etc.); máquinas (bombas, compressores, etc.); tubulações, válvulas e instrumentos principais, onde devem ser apresentados dados de pressão, temperatura, vazões, balanços de massa e de energia e demais variáveis de processo.

Freqüência
Número de ocorrências de um evento por unidade de tempo.

Gerenciamento de riscos
Processo de controle de riscos compreendendo a formulação e a implantação de medidas e procedimentos técnicos e administrativos que têm por objetivo prevenir, reduzir e controlar os riscos, bem como manter uma instalação operando dentro de padrões de segurança considerados toleráveis ao longo de sua vida útil.

Incêndio
Tipo de reação química na qual os vapores de uma substância inflamável combinam-se com o oxigênio do ar atmosférico e uma fonte de ignição, causando liberação de calor.

Incêndio em nuvem (flashfire)
Incêndio de uma nuvem de vapor onde a massa envolvida e o seu grau de confinamento, não é suficiente para atingir o estado de explosão.

Incêndio de poça (pool fire)
Fenômeno que ocorre quando há a combustão do produto evaporado da camada de líquido inflamável junto à base do fogo.

Instalação
Conjunto de equipamentos e sistemas que permitem o processamento, armazenamento e/ou transporte de insumos, matérias-primas ou produtos. Para fins deste manual, o termo é definido como a materialização de um determinado empreendimento.

Jato de fogo (jet fire)
Fenômeno que ocorre quando um gás inflamável escoa a alta velocidade e encontra uma fonte de ignição próxima ao ponto de vazamento.

Licenciamento ambiental
Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, modificação, ampliação e a operação de empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar a degradação ambiental, considerando as disposições legais e as normas técnicas aplicáveis ao caso.

Perigo
Uma ou mais condições, físicas ou químicas, com potencial para causar danos às pessoas, à propriedade, ao meio ambiente ou à combinação desses.

Planta
Conjunto de unidades de processo e/ou armazenamento com finalidade comum.

Plano de ação de emergência (PAE)
Documento que define as responsabilidades, diretrizes e informações, visando a adoção de procedimentos técnicos e administrativos, estruturados de forma a propiciar respostas rápidas e eficientes em situações emergenciais.

Probabilidade
Chance de um evento específico ocorrer ou de uma condição especial existir. A probabilidade é expressa numericamente na forma de fração ou de percentagem.

Probit 
Parâmetro que serve para relacionar a intensidade de fenômenos como radiação térmica, sobrepressão e concentração tóxica com os danos que podem causar às estruturas ou pessoas. OProbit (unidade de probabilidade) é uma variável randômica com média 5 e variância 1. O valor doProbit é relacionado a uma determinada porcentagem por meio de curvas ou tabelas.

Programa de gerenciamento de riscos (PGR)
Documento que define a política e diretrizes de um sistema de gestão, com vista à prevenção de acidentes em instalações ou atividades potencialmente perigosas.

Proteção Ativa
Elementos complementares da edificação que visam suprimir o incêndio assim que ele ocorra: Extintores de incêndio, Detectores de fumaça, Alarmes de incêndio, Sprinklers (chuveiros automáticos), Hidrantes.

Proteção Passiva
Elementos construtivos que procuram impedir ou reduzir a propagação de incêndio, bem comoresistir à sua ação: Construção Incombustível, Construção resistente ao fogo, Compartimentaçãovertical ou horizontal, Isolamento de risco

Relatório ambiental preliminar (RAP)
Documento de caráter preliminar a ser apresentado no processo de licenciamento ambiental no Estado de São Paulo. Tem como função instrumentalizar a decisão de exigência ou dispensa de EIA/RIMA para a obtenção da Licença Prévia.

Relatório de impacto ambiental (RIMA)
Documento que tem por objetivo refletir as conclusões de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA). Suas informações técnicas devem ser expressas em linguagem acessível ao público, ilustradas por mapas com escalas adequadas, quadro, gráficos e outras técnicas de comunicação visual, de modo que se possam entender claramente as possíveis conseqüências ambientais e suas alternativas, comparando as vantagens e desvantagens de cada uma delas.

Risco
Medida de danos à vida humana, resultante da combinação entre a freqüência de ocorrência e a magnitude das perdas ou danos (conseqüências).

Risco individual
Risco para uma pessoa presente na vizinhança de um perigo, considerando a natureza da injúria que pode ocorrer e o período de tempo em que o dano pode acontecer.

Risco social
Risco para um determinado número ou agrupamento de pessoas expostas aos danos de um ou mais acidentes.

Sistema
Arranjo ordenado de componentes que estão interrelacionados e que atuam e interatuam com outros sistemas, para cumprir uma tarefa ou função num determinado ambiente.

Substância
Espécie da matéria que tem composição definida.

Unidade
Conjunto de equipamentos com finalidade de armazenar (unidade de armazenamento) ou de provocar uma transformação física e/ou química nas substâncias envolvidas (unidade de processo).

01 setembro 2014

Acidente içamento ao lado de local previamente escavado


Vamos fazer uma análise com aplicação da NR 18 e regras para uso de equipamentos de içãmento.

Avaliação dos fatores que contribuíram ao acidente:

1 - Falta de avaliação prévia do risco, neste caso deveria ser feito uma avaliação para a escavação e uma avaliação para o levantamento mecânico;

2 - Pessoal capacitado e consciente dos riscos não executaria uma atividade com tamanho risco, o direito de recusa é um programa importante em qualquer empresa;

2 - Equipamento patolado em piso sem firmeza, o içamento está sendo feito pelo lado direito do guindauto, portanto, a patola desse lado será a responsável por suportar a carga no piso, quanto mais distante do ponto central do guindauto, maior resistencia essa patola deverá sofrer, o piso juntamente com essa patola precisa resistir ao esforço. Duas situações, em piso firme o guindauto sofrerá uma inclinação como uma alavanca, quanto mais distante do centro de gravidade maior a possibilidade, outra é quando o piso não resiste a carga, essa situação pode se agravar se a área de resistência for menor (a patolagem dever ser feita em pranchões que são acesórios que aumentam a área de resistência);  

3 - Material retirado da escavação e equipamento muito próxima ao talude, essa é uma área sem resistência de solo, um limite deveria ser respeitado, quanto maior proximidade maior risco;



Escavação

NR 18 Meio ambiente de trabalho na industria da construção

18.6.5 Os taludes instáveis das escavações com profundidade superior a 1,25m (um metro e vinte e cinco
centímetros) devem ter sua estabilidade garantida por meio de estruturas dimensionadas para este fim.

18.6.8 Os materiais retirados da escavação devem ser depositados a uma distância superior à metade da profundidade, medida a partir da borda do talude.

18.6.9 Os taludes com altura superior a 1,75m (um metro e setenta e cinco centímetros) devem ter estabilidade garantida.

18.6.20.1 Toda escavação somente pode ser iniciada com a liberação e autorização do Engenheiro responsável pela execução da fundação, atendendo o disposto na NBR 6122:2010 ou alterações posteriores. (Incluído pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)

Içamento.

- Uma análise de risco deve ser efetuada com vistas a identificar os fatores de risco externos ou pertinentes a operação;

- Um plano de levantamento mecânico deve ser feito por profissional de amplo conhecimento no assunto, um dos pontos a serem avaliados é a determinação do fator de carga para o levantamento, a capacidade do equipamento e a abertura máxima da lança, além de análise de outros fatores como estabilidade e acessórios utilizados; 

- Todos os equipamentos de levantamento mecânico devem ser patolados em piso firme garantindo a estabilidade;