08 março 2009

Irregularidades na construção civil sobem 46,98%


Fonte: EPTV

São Paulo/SP - Só em Campinas foram quatro fiscalização só no mês de março. Nesta quinta-feira, 5, uma denúncia anônima levou os fiscais ao alojamento de uma obra no Jardim Eudóxia. No galpão onde moram cerca de 40 trabalhadores, foram encontradas várias irregularidades, como falta de vedação e beliches improvisados, colchões velhos e trabalhadores sem roupa de cama ou armários disponíveis. No banheiro, falta de papel e de água.


No canteiro de obras, mais irregularidades. O alojamento é inadequado, com bebedouros e chuveiros insuficientes, além de uma cozinha precária, tomada pela sujeira. Numa vistoria à obra, a fiscalização também se deparou com a falta de equipamentos de segurança. Os responsáveis foram notificados.

Outros casos
Há dois dias, foram encontradas 25 pessoas numa casa superlotada em campinas. Eles não tinham alimentação nem higiene adequadas.

Em Mogi Mirim, um caso ainda mais grave foi descoberto em fevereiro. Trabalhadores do Piauí viviam em situação degradante. Eles moravam num vestiário superlotado, sujo e sem água para todos. Todos foram aliciados para trabalhar na construção de um conjunto habitacional da CDHU.

A maioria dos trabalhadores submetidos às condições precárias de trabalho e moradia é formada por migrantes do nordeste. Eles são trazidos para o Estado de São Paulo por empreiteiros contratados pelas construtoras. Segundo o Ministério do Trabalho, os chamados gatos se aproveitam da grande demanda por mão-de-obra para explorar os operários.

Além de culpar a terceirização pelo crescente número de irregularidades, o gerente regional do Trabalho e Emprego de Campinas, Sebastião da Silva, diz que a situação dos trabalhadores se agravou com a crise financeira. “Houve uma precarização, uma tentativa de redução de custos pela crise econômica e isso respingou no empregado”, diz Silva.

Com tantos casos, o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil conta com os próprios trabalhadores para combater os abusos e pede para que todos denunciem. O telefone na região de Campinas é o (19) 3234-2133.

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