07 junho 2009

Vacinação para Viajantes


Febre Amarela

O que é?
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de curta duração (no
máximo 10 dias), gravidade variável, causada pelo vírus da febre amarela, que ocorre na América do Sul e na África.

Qual o microrganismo envolvido?
O Arbovírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae.

Quais os sintomas?
Os sintomas são: febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina).

Como se transmite?

A febre amarela é transmitida pela picada dos mosquitos transmissores infectados. A transmissão de pessoa para pessoa não existe.


Como tratar?
Não existe nada específico. O tratamento é apenas sintomático e requer cuidados na assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido numa Unidade de Terapia Intensiva. Se o paciente não receber assistência médica, ele pode morrer.

Como se prevenir?

A única forma de evitar a Febre Amarela Silvestre é a vacinação contra a do
ença. A vacina é gratuita e está disponível nos postos de saúde em qualquer época do ano. Ela deve ser aplicada 10 dias antes da viagem para as áreas de risco de transmissão da doença. Pode ser aplicada a partir dos 9 meses e é válida por 10 anos. A vacina é contra-indicada a gestantes, imunodeprimidos (pessoas com o sistema imunológico debilitado) e pessoas alérgicas a gema de ovo.

A vacinação é indicada para todas as pessoas que vivem para áreas nacionais de risco para a doença (zona rural da Região Norte, Centro Oeste, estado do Maranhão, parte dos estados do Piauí, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), onde há casos da doença em humanos ou circulação do vírus entre animais (m
acacos), e para as áreas internacionais. Para a viagens internacionais para diversos destino é necessário o registro da vacina contra Febre Amarela no Certificado Internacional de Vacinação.


Poliomielite

O que é?
Doença infecto-contagiosa de origem viral que causa paralisia, principalmente nos membros inferiores.

Qual o agente envolvido?

O agente da infecção é o poliovírus do gênero Enterovírus, família Picornaviridae, com sorotipos I, II e III.


Quais os sintomas?
Aparecimento repentino de dificuldades motoras acompanhadas de febre; diferenças no tamanho dos membros, principalmente das pernas; flacidez muscular, com diminuição ou ausência de reflexos na área paralisada; e persistência de alguma paralisia residual (seqüela) após 60 dias do início da doença.

Como se transmite?
A principal forma de transmissão é através do contato direto com pessoas infectadas, pela via fecal-oral ou, secundariamente, por meio de gotas de secreção expelidas pelo doente ao falar, tossir ou espirrar. Más condições de saneamento, higiene pessoal defici-ente
e o elevado número de crianças numa mesma casa favorecem a disseminação da doença.

Como tratar?
Não existe tratamento específico e todas as vítimas de contágio devem ser hospitalizadas para tratamento suporte.

Como se prevenir?

A melhor maneira de prevenção é a vacinação. As crianças menores de cinco anos de-vem receber três ou mais dose da vacina oral contra a poliomielite, com um intervalo mínimo de 30 dias entre cada dose. O esquema vacinal de rotina deve ser iniciado aos 2 meses de idade.

Situação da Poliomielite no Mundo
De 2005 a agosto de 2007 ocorreram surtos ou foram detectados casos de poliomielite nos seguintes países: Chad, Yemen, Indonésia, Angola, Etiópia, Somália, Bangladesh, Namíbia, Quênia e República Democrática do Congo. Por isso, recomenda-se a revisão da situação vacinal contra poliomielite para todos os viajantes que estão se deslocando para estas áreas.




Regulamento Sanitário Internacional

Regulamento Sanitário Internacional

O Regulamento Sanitário Internacional (RSI) é um documento oficial da OMS que ampara juridicamente e recomenda aos países membros cumprirem suas normas e preceitos, com vistas a assegurar o máximo de segurança contra a disseminação não só da febre amarela, mas da cólera e peste humana.

A exigência do Certificado Internacional de Vacinação (CIV) é um documento que deve ser apresentado no ato da viagem conforme determina o Decreto 87, de 15 de abril de 1991 , Portaria SNS 28, de 27 de abril de 1993 e Portaria nº 1.986, de 25 de outubro de 2001 , instrumentos legais expedidos pela Anvisa, em conformidade com o Regulamento Sanitário Internacional/RSI.

As pessoas vacinadas em Unidades Sanitárias do SUS recebem um comprovante de vacinação que é válido em todo território nacional, é o Cartão Nacional de Vacinação. Se posteriormente, necessitarem do Certificado Internacional de Vacinação-CIV, de cor amarela, deverão procurar um Posto de Vigilância Sanitária de Porto, Aeroporto ou Fronteira ou a Sede da Coordenação para que se efetue a transcrição dos dados do Cartão Nacional de Vacinação para o Certificado Internacional de Vacinação. É imprescindível a assinatura da pessoa na presença de quem transcreve e para a obtenção do CIV deverá ser apresentado, junto com o Cartão Nacional, documento oficial com fotografia: Carteira de Identidade, Passaporte ou Cédula Profissional (tipo OAB, CREA, CRF, CRM etc). Para menores de idade é necessária a apresentação da Certidão de Nascimento.

PARTE EXTERNA


PARTE INTERNA



Sarampo

O que é?
Doença infecciosa aguda do sistema respiratório, altamente contagiosa, usualmente de evolução benigna, cuja principal complicação é a broncopneumonia.

Qual o agente envolvido?
Vírus pertencente ao gênero Morbillivirus, família Paramyxoviridae.

Quais os sintomas?

Os principais sintomas são: febre alta, manchas vermelhas pelo corpo (exantema), mal-estar geral, coriza, conjuntivite e tosse com catarro. Nas fases iniciais da doença, podem ser observados pequenos pontos brancos, circulados por uma região vermelha, localiza-dos na parte interna das bochechas.

Como se transmite?
Através de secreções respiratórias expelidas pelo paciente infectado ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Devem ser evitados ambientes fechados, que favorecem a contamina-ção.

Como tratar?
O tratamento é feito com repouso, dieta líquida ou branda, medidas de higiene geral, hidratação, antitérmicos e limpeza das secreções oculares e nasais com soro fisiológico. Em populações com deficiência de vitamina A, recomenda-se a suplementação da vita-mina.

Como se prevenir?
A vacinação é a medida mais eficaz de prevenção contra o sarampo. A vacinação deve ser feita com a tríplice viral aos 12 meses de vida e uma dose de reforço aplicada entre 4 a 6 anos de idade. A vacina também deve ser aplicada durante a realização de bloqueio vacinal de contatos de casos suspeitos ou confirmados da doença, em indivíduos da fai-xa etária de 6 meses a 49 anos de idade, que não comprovem vacinação anterior. Nesse caso, a vacina utilizada para os maiores de 6 anos é a dupla viral. Os profissionais de saúde e todos os profissionais da rede hoteleira, aeroportos, portos, taxistas, profissio-nais do turismo e do sexo, quartéis, corpo de bombeiros e caminhoneiros, atualmente, constituem os principais grupos de risco para a doença e por isso devem procurar o pos-to de vacinação para receberem a vacina contra sarampo. A vacina tríplice viral protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba e a dupla viral não contém antígenos contra a caxumba.

Situação do Sarampo no Mundo
O sarampo circula em toda Europa, Ásia e África. Por isso, recomenda-se que o via-jante sem confirmação de vacina contra sarampo e que esteja em deslocamento para estes continentes, procure uma unidade de saúde estadual ou Municipal ou um Posto de Vigilância Sanitária da Anvisa para completar seu esquema vacinal. A recomendação do PNI, em seu calendário de vacinação do adulto, é vacinar mulheres até 49 anos e ho-mens até 39.

Fonte:
www.anvisa.gov.br/paf/viajantes/vacina_viaja.htm





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