28 de Abril - Dia Internacional em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho
Vinte e oito de abril,
Em diversos continentes,
Eventos homenageiam,
De maneiras diferentes,
Aos trabalhadores vítimas
De doenças e acidentes.
É, para os trabalhadores,
O dia internacional,
Lembrança aos colegas mortos,
Manifesto sindical,
Chamando atenção do mundo
Para um problema real.
Essa data instituiu-se
Para manifestação
No ano sessenta e nove
Quando exercendo a função
Setenta e oito mineiros
Morreram numa explosão.
Isso ocorreu na Virgínia,
Um estado americano,
E após três décadas e meia
Que aconteceu esse dano
Se constatam infelizmente
Novas vítimas todo ano.
Os que se juntam na rua
Em torno do manifesto
Fazem enterro simbólico
No momento do protesto
E há razão suficiente
Pra justificar o gesto.
As passeatas comportam
Ativos e inativos,
Comungando ao mesmo tempo
Os mesmos objetivos,
Relembrando os que estão mortos,
Defendendo os que estão vivos.
É pedida nesse dia
Uma atuação constante
Contra acidente fatal,
Doença incapacitante,
Que segundo as estatísticas
Têm ocorrido bastante.
Nessa data é discutida
A legislação local,
Faixas, cartazes, discursos,
Sempre o mesmo ritual,
Cobrando rigor nas normas
De segurança geral.
Trabalhadores exigem
Condição satisfatória,
Os mártires da mesma luta
Têm resgatada a memória,
As injustiças não podem
Ficar à margem da história.
Visam a fazer as pessoas
Tomarem conhecimento,
Higidez e segurança
Dependem de investimento
E a prevenção custa menos
Do que qualquer tratamento.
As tragédias deixam claro
O que deve ser mudado,
A comparação é feita
Quando o pretérito é lembrado,
O presente é refletido
E o futuro é preparado.
Os acidentes ocorrem
Do escritório ao cascalho,
Categorias discutem
Sobre o que ainda está falho,
Propondo o melhoramento
Das condições de trabalho.
O fato de, atualmente,
Ser comum se ver alguém
Contaminado por cílica,
Por amianto também,
Mostra que o Brasil precisa
De mais prevenção do que tem.
Há condições adversas
De pessoas conduzidas
A trabalhar com mercúrio,
A lidar com pesticidas.
Uma simples negligência
Pode custar muitas vidas.
Incidências de operários
Que de asbestose padecem,
Os que de máquinas são vítimas,
Os que de câncer falecem,
Muitas delas, evitáveis,
Freqüentemente acontecem.
Acidentes e doenças
Ocorrem em todo reduto,
Segundo a OMS,
Pode o gasto absoluto
Chegar a quatro por cento
Do Produto Interno Bruto.
É cobrado mais empenho
Das empresas do País,
Mais atuação das CIPAs,
Disposição de EPIs,
Tendo ambiente seguro,
Há trabalhador feliz.
A OIT deixa claro
Quanto ao assunto: acidente,
Cerca de três mil pessoas
São vítimas diariamente,
Essa estatística precisa
Reduzir daqui pra frente.
Nesses trinta e cinco anos
A tragédia é relembrada,
Foi, em diversos países,
Essa data incorporada.
Uma causa quando é justa
Não pode ser desprezada.
Aqui não é diferente,
Vinte e oito de abril,
Um projeto no Congresso
Tramita desde dois mil,
Pra oficializar
Esta data Brasil.
Autores: Antonio de Lisboa e Edmilson Ferreira
Vinte e oito de abril,
Em diversos continentes,
Eventos homenageiam,
De maneiras diferentes,
Aos trabalhadores vítimas
De doenças e acidentes.
É, para os trabalhadores,
O dia internacional,
Lembrança aos colegas mortos,
Manifesto sindical,
Chamando atenção do mundo
Para um problema real.
Essa data instituiu-se
Para manifestação
No ano sessenta e nove
Quando exercendo a função
Setenta e oito mineiros
Morreram numa explosão.
Isso ocorreu na Virgínia,
Um estado americano,
E após três décadas e meia
Que aconteceu esse dano
Se constatam infelizmente
Novas vítimas todo ano.
Os que se juntam na rua
Em torno do manifesto
Fazem enterro simbólico
No momento do protesto
E há razão suficiente
Pra justificar o gesto.
As passeatas comportam
Ativos e inativos,
Comungando ao mesmo tempo
Os mesmos objetivos,
Relembrando os que estão mortos,
Defendendo os que estão vivos.
É pedida nesse dia
Uma atuação constante
Contra acidente fatal,
Doença incapacitante,
Que segundo as estatísticas
Têm ocorrido bastante.
Nessa data é discutida
A legislação local,
Faixas, cartazes, discursos,
Sempre o mesmo ritual,
Cobrando rigor nas normas
De segurança geral.
Trabalhadores exigem
Condição satisfatória,
Os mártires da mesma luta
Têm resgatada a memória,
As injustiças não podem
Ficar à margem da história.
Visam a fazer as pessoas
Tomarem conhecimento,
Higidez e segurança
Dependem de investimento
E a prevenção custa menos
Do que qualquer tratamento.
As tragédias deixam claro
O que deve ser mudado,
A comparação é feita
Quando o pretérito é lembrado,
O presente é refletido
E o futuro é preparado.
Os acidentes ocorrem
Do escritório ao cascalho,
Categorias discutem
Sobre o que ainda está falho,
Propondo o melhoramento
Das condições de trabalho.
O fato de, atualmente,
Ser comum se ver alguém
Contaminado por cílica,
Por amianto também,
Mostra que o Brasil precisa
De mais prevenção do que tem.
Há condições adversas
De pessoas conduzidas
A trabalhar com mercúrio,
A lidar com pesticidas.
Uma simples negligência
Pode custar muitas vidas.
Incidências de operários
Que de asbestose padecem,
Os que de máquinas são vítimas,
Os que de câncer falecem,
Muitas delas, evitáveis,
Freqüentemente acontecem.
Acidentes e doenças
Ocorrem em todo reduto,
Segundo a OMS,
Pode o gasto absoluto
Chegar a quatro por cento
Do Produto Interno Bruto.
É cobrado mais empenho
Das empresas do País,
Mais atuação das CIPAs,
Disposição de EPIs,
Tendo ambiente seguro,
Há trabalhador feliz.
A OIT deixa claro
Quanto ao assunto: acidente,
Cerca de três mil pessoas
São vítimas diariamente,
Essa estatística precisa
Reduzir daqui pra frente.
Nesses trinta e cinco anos
A tragédia é relembrada,
Foi, em diversos países,
Essa data incorporada.
Uma causa quando é justa
Não pode ser desprezada.
Aqui não é diferente,
Vinte e oito de abril,
Um projeto no Congresso
Tramita desde dois mil,
Pra oficializar
Esta data Brasil.
Autores: Antonio de Lisboa e Edmilson Ferreira
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